Feira de Trocas

Ficha Síntese da Prática Pedagógica

Objetivos da Prática Pedagógica:

  • Conhecer e discutir a finalidade de uma feira de trocas.
  • Formar grupo de trabalho para a organização da feira de trocas.
  • Conhecer os princípios da Economia Solidária vivenciando algumas práticas de organização de trabalho coletivo.
  • Registrar e divulgar o processo no blog.

Característica do grupo a quem foi aplicada a prática:
Educadores de CIEJA Butantã: 8 professoras de ensino fundamental I e 17 professores de ensino fundamental II (de todas as áreas de conhecimento) e 4 educadoras da equipe técnica, 12 educadores da equipe de apoio, educandos e pessoas da comunidade escolar.

Dinâmica de trabalho adotada na prática pedagógica:
Etapas:
1- Apresentando a ideia – a formação da comissão organizadora – convite a todos os educadores e educandos para reunião de esclarecimento para a criação da comissão organizadora para a discussão dos seguintes pontos:
2- o objetivo da feira
3- procedimentos da organização
4- listagem das tarefas e divisão de tarefas.
5- formas de divulgação
6- realização do evento
7- avaliação

Recursos necessários para aplicação:
Local para reuniões periódicas; materiais coletados para a troca (produtos de vestuário, objetos diversos, calçados etc). Listagem de serviços que serão apresentados no feira; criação de moeda social, cartazes e fichas para a divulgação e local para a organização dos produtos e para realizar as oficinas.

Breve currículo do autor da prática pedagógica:
Roseli Aparecida de Oliveira Pereira – Orientadora Pedagógica Educacional do CIEJA Butantã, educadora da rede municipal há 20 anos. Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie na área de formação docente e também formadora de professores pelo Instituto Paulo Freire.

 

PRÁTICAS SOLIDÁRIAS: O PROTAGONISMO DOS EDUCANDOS E A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES
Quando afirmamos que a vivência de situações que colaborativas no cotidiano escolar é fundamental para a formação dos educandos, estamos reafirmando a necessidade do protagonismo, do papel de sujeito que homens e mulheres exercem no processo educativo.

Daremos um destaque à participação das mulheres, por entendermos que a atuação delas se torna mais preponderante nas ações coletivas.

Sabemos que nas organizações populares há um constante envolvimento das mulheres seja em movimentos de caráter reivindicatório, de luta pelos direitos sociais básicos: educação, saúde, moradia, entre outros, ou em movimentos de caráter empreendedor como alternativa de superação de problemas de ordem econômica e social.

Como nos aponta Angelin e Bernardi, há raízes histórias que confirmam o envolvimento das mulheres nos movimentos sociais,

As mulheres, no decorrer da história, têm dedicado muito de sua vida para manter as relações de reciprocidade que proporcionam coesão à família e à sociedade, sendo estas expressas nas práticas de se reunir em grupos, seja no clube de mães, na igreja ou comunidade, nas relações familiares e comunitárias, o que facilita seu engajamento em um movimento. Tendencialmente, as mulheres são as primeiras a se auto-organizarem também devido às dificuldades materiais que o mundo feminino apresenta, como o acesso à propriedade, à terra e ao crédito (2011: 1)

Nas áreas urbanas e periféricas podemos constatar que as mulheres em situações adversas, buscam somar forças entre si para superar as dificuldades diárias. Em muitos casos elas são responsáveis pelo sustento da família e quando não possuem escolaridade acabam desempenhando funções pouco qualificadas e mal remuneradas no mercado de trabalho. Numa tentativa de mudar sua condição, buscam retomar os estudos para obterem melhor qualificação para o trabalho.

Se as experiências de organização em projetos solidários, por um lado, podem tornar-se alternativas de emancipação e melhoria de condições de vida e qualificação para o trabalho, por outro lado, nas salas de EJA, muitas delas se tornam educandas e encaram a vivência escolar para além da qualificação para o trabalho, mudando sua perspectiva de formação.

Sabemos que a consciência necessária para a mudança de sua condição não ocorre pelo simples fato de retomar ou iniciar seus estudos. No CIEJA Butantã percebemos que a maioria de nossas educandas além da escolarização busca independência e autonomia, Seja, por encontrarem na escolarização um oportunidade melhor de inserção ou ascensão no mercado de trabalho, seja por se sentirem capazes de estabelecer novas relações familiares, comunitárias e sociais, procuram romper com o ciclo de opressão, ao qual são constantemente submetidas.

Frequentemente conhecemos histórias de educandas que mudam de empregos (geralmente são domésticas) porque o horário não permite que estudem, ou ainda, que enfrentam de forma mais contundente a opressão que sofrem de seus companheiros ou filhos que questionam sua decisão e disposição para o estudo é também observada.
Conhecemos histórias que também dão mostras de  desenvolvimento maior autoestima em todos os sentidos quando passam a conviver na sala de aula.

A seguir, alguns depoimentos[1]que ilustram as afirmações acima,

“Eu já falei que o ano que vem eu vou deixar um serviço, por está muito corrido. Segunda e terça eu vou malhar, porque eu estou gorda (risos). Então eu vou ficar com um serviço, porque no ano que vem eu também me aposento (…). Sabe por que eu quis vir para escola de verdade? Porque eu quero tirar minha carta de motorista e comprar meu carro, isso tem numa redação minha, que fiz o ano passado aqui na escola”. (educanda1)

“Meu marido me trouxe aqui nessa escola… fez minha inscrição… daí ligou lá em casa para trazer meus documentos pra estudar… Estudar é muito bom, aprender a ler… Eu já sei… saio com meu marido e ele fala assim lê aqui… eu leio e ele diz parabéns!” (educanda 2)

“E quero aprender escrever pelo menos meu nome, fazer as coisas que eu preciso porque eu sou sozinha, para escrever uma carta para um parente, mesmo no celular, ver o que está escrito…” (educanda 3)

“Eu vim pra cá (São Paulo) porque eu era casada e meu marido arrumou outra mulher, ele ficou com ela e eu vim pra cá…meu pai colocou a gente na escola e a gente já era grandona, moçona já na idade de namorar… Pelo meu pai eu não estudava não…” (educanda 4)

Algumas dessas educandas, que deram seus depoimentos para estagiários da Universidade de São Paulo, fizeram parte da comissão que organizou a feira de trocas, que passaremos a apresentar e a analisar a seguir.

FEIRA DE TROCAS – UMA EXPERIÊNCIA DE COLABORAÇÃO

Apresentando a ideia – a formação da comissão organizadora

No CIEJA Butantã semanalmente a equipe técnica e docente realiza reunião de formação, planejamento e discussão de temas e assuntos relevantes ao trabalho com jovens e adultos. Durante o ano de 2011 discutimos formas de incentivar o protagonismo dos educandos, buscando empreender ações “com” os educandos e não somente “para” os educandos. Sempre realizamos um evento denominado Mostra Cultural com o objetivo de expressar o trabalho realizado no decorrer do ano, com a participação efetiva dos educandos. Um dos pontos que sempre discutimos foi que a Mostra Cultural deveria dar oportunidade aos educandos de apresentar seus conhecimentos e saberes.

Em uma das discussões ficou estabelecido que seria criada uma comissão organizadora composta por educadores, funcionários, e educandos. O resultado das discussões pode ser observado no plano da atividade abaixo:

FORMAÇÃO DE GRUPO PARA DISCUSSÁO E ORGANIZAÇÃO DA FEIRA DE TROCAS

OBJETIVOS:

  • Conhecer e discutir a finalidade de uma feira de trocas;
  • Formar grupo de trabalho para a organização da feira de trocas;
  • Conhecer os princípios da Economia Solidária vivenciando algumas práticas de organização de trabalho coletivo;
  • Registrar e divulgar o processo no blog.

ATIVIDADES:

  • Reunião com representantes de turmas para a divulgação da proposta.
  • Divulgação para as pessoas interessadas.
  • Reuniões semanais para a discussão com leitura de textos, vídeos informativos sobre o assunto.

Definição das etapas de organização:
1- o objetivo da feira
2- procedimentos da organização
3- listagem das tarefas e divisão de tarefas.
4- formas de divulgação

AVALIAÇÃO

A cada encontro será feito uma avaliação do encontro e o registro será postado no blog no diário de bordo.
Como em todo planejamento buscamos esboçar as possibilidades e caminhos, contudo constamos que no processo o planejamento sofreu alterações.

Outra prática recorrente no CIEJA Butantã é a realização mensal (ou quando for necessário), de reunião de representantes de turma, no horário de aula para facilitar a participação. Nessas reuniões discutimos questões de organização do espaço escolar, a proposta pedagógica e outros assuntos de interesse geral, tais como eleições, mobilidade urbana, meio ambiente, entre outros.

No mês de agosto na reunião de representantes de turmas em todos os horários foi apresentada em linhas gerais a ideia da feira de trocas como um evento a ser realizado no mês de novembro, num sábado com a participação dos familiares e amigos. Solicitamos que avisassem os colegas interessados em auxiliar na organização da feira que procurassem a coordenação pedagógica.

Foi no período da tarde que houve maior adesão, educandos de diferentes módulos se dispuseram a participar das reuniões de organização da feira, com a participação de educandos também do período da manhã.

Primeira reunião – Contou com a participação de 12 educandas e duas funcionárias (da equipe técnica e de apoio). Como disparador da reunião, cada representante recebeu uma folha com informação gerais sobre a feira de trocas sintetizadas de uma publicação do blog “feiradetrocasdocentro”, como o grupo tinha representação de todos os módulos foi feita a leitura em voz alta e ao final da leitura foram destacados pelos participantes dois trechos considerados mais significativos (ANEXO 2):

As Feiras de Trocas Solidárias são espaços que tem o intuito de organizar e tornar permanente as trocas de mercadorias e serviços e saberes para o desenvolvimento de uma comunidade local.

(…) É um espaço de construção coletiva onde todos são convidados ajudar na organização, dar sugestões, criticar e melhorar. Um espaço democrático de partilha e união;

Iniciamos a discussão com os participantes solicitando as opiniões e entendimentos da ideia de que como cada participante poderia contribuir.

Num primeiro momento as pessoas falaram sobre os produtos que teriam em suas casas e que não mais utilizam e, que poderiam trocar roupas, calçados e outros objetos.

Indagados sobre o que mais poderiam trocar, o que sabiam e podiam ensinar e ainda o que sabiam fazer. foi então que surgiu a ideia de trocar conhecimentos e saberes.

No grupo, a maioria mulheres, foram relatados talentos e atividades ligadas à sua ocupação: são cabeleireiras, costureiras, domésticas, donas de casa que realizam cotidianamente tarefas que num primeiro momento não relacionam com saberes, mas com a discussão passaram a serem vistos como importantes.

Nesse momento percebemos como as histórias de vida são tecidas e construídas por saberes.

Sugerimos que para o próximo encontro os participantes narrassem fatos importantes que contam como desenvolveram seus ofícios e talentos.

Em seguida, cada participante se posicionou em relação à sua disponibilidade e interesse em compor a comissão organizadora.

Todas concordaram em participar, somente a disponibilidade de tempo não foi a mesma para todas.

A relatora da reunião, educanda Rubenita do módulo IV F registrou o encaminhamento:

“Concordamos em trazer cada um uma lista do que podemos trazer que são mais ou menos: roupas limpas e em ótimo estado, sapatos da mesma forma e objetos.”

Solicitamos que todas trouxessem por escrito suas sugestões para a próxima reunião.

Segunda reunião – As participantes (no total de 8 educandas e duas funcionárias)  no início da reunião assistiram a um vídeo sobre o clube de trocas produzido pelo movimento Popular Cefuria de Curitiba, PR “Clube de trocas: rompendo o silêncio construindo outra história”.

Ao assistirem o vídeo as participantes fizeram comentários que lhes chamaram a atenção. O fato de o vídeo apresentar a organização de pessoas que preparavam o espaço da feira, das reuniões e da participação da comunidade fez com que elas observassem a participação das mulheres, no vídeo “apenas um homem aparece participando das reuniões” (comentário de uma educanda).

Outro aspecto relevante notado no vídeo foi o envolvimento das pessoas com produtos, na maioria, feito pelas participantes.

A partir dos questionamentos: o que sei e posso ensinar? O que produzo e posso trocar?

As pessoas comentaram qual poderia ser sua contribuição para a feira e como poderiam envolver os colegas.

Um aspecto discutido foi o valor das coisas. O que vale mais um produto industrializado ou um produto artesanal?

Os vários pontos de vistas foram discutidos, num primeiro momento ficou mais fácil falar do valor dos produtos industrializados usados e em bom estado, mas quando comparados com os produtos artesanais, com o trabalho e saberes envolvidos nesse tipo de produção a percepção de algumas participantes mudou.

Uma das participantes havia relatado que possuía uma peça de vestuário valiosa e que tinha a intenção de trocar, quando discutimos o valor que essa peça teria numa feira de trocas, percebemos que o valor das coisas está relacionado com a necessidade dos participantes, não teria um produto que por si só seria mais ou menos valioso, é a nossa necessidade que valoriza um determinado produto ou saber.

As participantes apresentaram sua lista de produtos basicamente composta de roupas, calçados e objetos de decoração e de utilidade doméstica.

Lembramos que além de produtos era possível apresentar serviços e oficinas. A reunião terminou com a indicação que para a próxima, as participantes pensassem sobre o que sabiam fazer e podiam ensinar.

Terceira reunião – O que sabemos fazer e podemos ensinar?

Com essa questão iniciamos a reunião com a participação de seis educandas e duas funcionárias.

As educandas presentes relataram sobre seus saberes e a vontade de compartilhar com os colegas. Duas delas relataram que participaram de uma oficina de confecção de caixas de presente com a reciclagem de embalagem de tetrapak (de leite e de suco) e que poderiam ensinar aos interessados.

As outras pessoas passaram a falar sobre seus saberes relacionados às atividades profissionais ou aos trabalhos domésticos, tais com costura, arrumação de mesas para jantar, maquiagem e culinária.

É importante ressaltar que o momento de relato de seus conhecimentos e propostas foi rico em trocas e interação.

Ao final da reunião, lembramos que seria necessário o envolvimento de todo os educandos do CIEJA Butantã, “como podemos envolver os demais educandos”?

Quarta reunião – Foi uma reunião rápida para a definição de uma data indicativa, a última semana de novembro em três dias (sexta, sábado e segunda) e na aprovação da criação de uma moeda própria denominada CIEJA. Em decorrência do início da reforma das instalações do CIEJA Butantã, o grupo composto por 8 educandas acabou sendo desmembrado em duas pequenas comissões. Uma delas se dedicou à elaboração de cartazes de divulgação e na criação da moeda própria e a outra na divulgação nas salas de aula.

O uso da moeda social facilita que as trocas sejam realizadas de acordo com a necessidade e interesse de cada participante. Discutimos também se seria possível trocar reais pela moeda social e acordamos que seria possível sim, mas que haveria certo cuidado, pois o mais importante é que as pessoas trouxessem seus produtos e seus conhecimentos.

Em relação à divulgação outras funcionárias foram envolvidas para que as informações sobre a organização fossem discutidas e divulgadas.

Alguns educadores também se envolveram na divulgação e organização da feira.

A primeira comissão passou a se reunir no laboratório de informática para a confecção de cartazes e da moeda “CIEJA”.

Já a segunda comissão visitou as salas de aulas de seu período com a participação também de uma funcionária.

Quinta reunião – Foi necessário reunir as duas comissões para definirmos “qual o valor correspondente à moeda CIEJA das mercadorias, dos serviços e das oficinas?”

Importante considerar que o grupo em outras reuniões já havia discutido que os produtos como: roupas, calçados e objetos usados não poderiam corresponder ao valor de mercado, ou seja, pelo valor de compra, mas sim pela utilidade que pode ter para outra pessoa. Sendo assim, foi definido que cada produto usado teria o valor de um CIEJA. Já os produtos feitos pelos participantes da feira teriam um valor agregado, o trabalho de quem produziu, tendo o dobro do valor, ou seja, dois CIEJAs. Na reunião também foi aprovada uma ficha de inscrição para ser distribuída aos educandos.

Mobilizando as pessoas – divulgação da feira de trocas

Como já mencionamos em razão da reforma do Centro, a frequência dos educandos ficou irregular, incluindo o rodízio de turma, o que prejudicou em muito o envolvimento dos educandos. Contudo, com a distribuição das fichas de inscrição e ajuda dos educadores e funcionários foi possível divulgar a feira e começamos a receber os produtos trazidos pelos educandos e realizamos a troca pela moeda CIEJA.

Um problema comum a todos os períodos se relacionou ao tempo e ao espaço, as datas definidas anteriormente estavam próximas e o espaço ainda em reforma. A presença e participação dos educandos, familiares e comunidade em meio aos entulhos, cheiro de tinta e salas desorganizadas causaram frustração a toda comissão organizadora. “O que fazer?”

O grupo decidiu pelo adiamento da feira para a primeira semana de dezembro, sendo realizada em um único dia, mesmo com o risco de uma menor participação das pessoas. Em relação às oficinas, muitas delas não poderiam ser desenvolvidas por não terem espaço adequado.

A participação dos educadores foi um grande apoio com a divulgação de comunicados sobre a feira de trocas na rádio e no blog CIEJA na REDE:

http://soundcloud.com/ciejanarede/1propaganda-feira-de-trocas
http://soundcloud.com/ciejanarede/2propaganda-feira-de-trocas-1
http://soundcloud.com/ciejanarede/3boletim-informativo-feira
http://soundcloud.com/ciejanarede/4propaganda-feira-de-trocas

O evento – realização da feira

No dia marcado para o evento, o engajamento da comissão foi grande, desde a arrumação dos produtos nas salas, na recepção das pessoas, houve participação de todos segmentos da comunidade escolar, em todos os períodos. Embora tivéssemos uma expectativa de poucas pessoas e poucos produtos, o evento foi realizado de forma tranquila e agradável. Podemos afirmar que não foi um dia de trocas de produtos, mas de um marco de um processo no qual a participação de educandos ocorreu de maneira efetiva e intensa.

Um registro que pode sintetizar o que aprendemos foi feito por uma funcionária participante da comissão de organização:

“O mais importante da Feira de Trocas: o valor do dinheiro não tem importância, o dinheiro é substituído por valores humanos e sociais, pela livre vontade de trocar, pelo desejo e pela necessidade. É uma oportunidade de reforçar a comunicação, a solidariedade e a cooperação.”

Avaliando o processo – avanços e percalços

Um desdobramento da proposta da realização da feira de trocas foi a inclusão no Projeto Pedagógico do CIEJA Butantã de novas edições da feira e, também de atividades nas quais nossos educandos apresentem e compartilhem seus conhecimentos periodicamente.

O fortalecimento da participação e protagonismo dos educandos nas reuniões de representantes também foi ressaltado como um aspecto fundamental para o processo educativo.

Como possibilidade de empreender outros projetos que ampliem a participação de nossos educandos estamos discutindo a realização de plenárias em todos os períodos para a definição de temas de interesse e das necessidades de todos.

Sabemos que temos muito a caminhar em direção de uma gestão compartilhada, entendida como ação de sujeitos, equipe técnica, docente de apoio, discente e outras pessoas da comunidade em benefício do processo educativo de todos. Mas, o caminho já está delineado, parafraseando o poeta Antonio Machado, “a caminhada se faz caminhando”.

Leia também:

  1. [1]Depoimentos gravados em vídeo em outubro de 2011, por estagiárias do curso de pedagogia da USP que desenvolveram projeto de leitura com os alunos de módulo I no período das 15h.