Educação, Trabalho e Economia Solidária: diálogos possíveis na EJA

Esse trabalho busca o diálogo entre Educação, Trabalho e Economia Solidária (EcoSol), analisando as possibilidades para oferta da Educação de Jovens e Adultos, de modo a atender às características, condições e interesses das camadas populares. Para tanto, percorremos e analisamos as demandas de aprendizagem dos integrantes do Centro de Referência Alimentar do Butantã CRSANS e a troca de experiências entre eles e os estudantes do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos do Butantã (CIEJA BT). Buscamos compreender os sentidos da escolaridade para jovens, adultos e idosos desses centros e compará-los às suas percepções e condições de trabalho. Verificamos que, a partir da vivência dos atores envolvidos, da reflexão sobre as formas como enxergam sua realidade e das possibilidades de intervenção em seus contextos, é possível a realização de uma educação pautada no projeto de emancipação dos jovens e adultos e de reconfiguração das relações sociais existentes, aliando a Educação Popular aos ideais da EcoSol.

Pesquisa: Qual o perfil das mulheres do CIEJA?

Objetivos da Prática Pedagógica: Para poder entender quem é esta mulher que esta voltando a estudar. A pesquisa com as mulheres (alunas) do CIEJA teve a intenção de traçar um estudo, como ela se apresenta e quais são seus anseios e suas necessidades. A proposta desde o início era investigar o papel da educação popular nas iniciativas de Economia Solidária e práticas escolares. Pretendí analisar a possibilidade de que os jovens e adultos atuassem nesses locais de forma a reconhecer e transformar sua própria condição, de que pudessem se perceber como produtores de cultura e não fossem meros receptores de um projeto de futuro, mas construtores de um tempo presente menos desigual.