Conhecer, reconhecer e compreender a formação cultural

Ficha Síntese da Prática Pedagógica

Objetivos da Prática Pedagógica:
Conhecer, reconhecer e compreender a formação da identidade cultural do povo brasileiro e pessoal; Localizar, interpretar e refletir sobre informações implícitas e explícitas; desenvolver a leitura; produzir textos com organização textual e sequência lógica de ideias; ampliar e fazer uso do vocabulário da Língua Estrangeira Moderna (Inglês) e da Língua Portuguesa;
ortográficos apresentados nas produções textuais dos alunos.

Características do grupo a quem foi aplicada a prática:
Jovens e adultos matriculados no Módulo III – nível de conhecimento intermediário – Ensino Fundamental II

Dinâmica de trabalho adotada na prática pedagógica:
A metodologia utilizada no CIEJA CL é a investigativa, a qual valoriza o conhecimento do educando; motiva-o a expressar suas hipóteses, pesquisar, selecionar, analisar, associar, relacionar, investigar e refletir sobre dados e informações; comparar e  confrontar as descobertas com as hipóteses levantadas, confirmando-as ou não, auxiliando o reconhecimento do educando como sujeito da construção de seu conhecimento e (co)autor do conhecimento coletivo.

As atividades são apresentadas em uma sequencia didática, tornando os assuntos abordados significativos e parte do cotidiano.

Recursos necessários para a aplicação:
lousa, caneta ou giz, PC, data show, papel sulfite, papel pardo, textos selecionados, músicas selecionadas, revistas.

Breve currículo do autor da prática pedagógica:
Paulo Luiz Pereira da Silva nasceu em São Paulo, graduado em Letras pela Universidade Paulista, atua a mais de vinte anos nas redes públicas de ensino estadual e municipal, trabalha na educação de crianças, jovens e adultos.
Esta experiência pedagógica foi desenvolvida e aplicada no Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos – CIEJA CL, pertencente à Diretoria Regional de Educação – Subprefeitura de Campo Limpo, município de São Paulo, capital.

O CIEJA é um programa educacional da prefeitura criado para atender as necessidades de jovens e adultos que não conseguem ou conseguiram se enquadrar nas modalidades educacionais existentes. No Centro, procuramos desenvolver, de modo diferenciado, um trabalho que atenda essa realidade dos educandos. A flexibilização do horário, o respeito ao ser humano, a construção contínua da democracia, o exercício constante do diálogo, assembléias para tomada de decisões, salas compostas por mesas sextavadas, favorecendo o fortalecimento do coletivo, ensino por área de conhecimento, dupla docência, participação constante de todas as representações da comunidade escolar na construção do currículo, entre outras, foi fundamental para a implementação desse trabalho que favorece a interação do indivíduo com o mundo e no mundo, valorizando sua bagagem cultural, associando os conteúdos e práticas desenvolvidas ao seu dia a dia, tornando-o sujeito do desenvolvimento do seu conhecimento e (co) produtor do conhecimento coletivo.

O educando, ao chegar ao CIEJA, demonstra não se valorizar em virtude da falta de oportunidades e exclusão sofridas ao longo de sua vida, minimizando o seu potencial, por não ter o conhecimento e reconhecimento, desejado e cobrado pela sociedade letrada, sobre a leitura e escrita, cabendo aos educadores o papel de auxiliá-lo a entender e fazer uso desse conhecimento desenvolvido no mundo das letras, em favor de seus interesses, transformando-se, e das comunidades que o cercam, transformando-as.

Para isso, utilizamos práticas pedagógicas que valorizam a exposição do conhecimento prévio do educando, discussão e reflexão sobre as opiniões expressas, construção e reconstrução do conhecimento, compreensão da identidade pessoal e do povo brasileiro, respeitando todo e qualquer tipo de cultura existente.

No CIEJA CL, o ensino fundamental é dividido em quatro módulos: Módulo I – Alfabetização; Módulo II – Pós-alfabetização; Módulo III – Intermediário e Módulo IV – Final.

A educação, nos Módulos III e IV (equivalente ao Ensino Fundamental Ciclo II), é desenvolvida em dupla docência e por Área de Conhecimento, sendo: 1) Linguagens e Códigos – LC – compreendendo as disciplinas de Português e Inglês; 2) Ciências Humanas – CH – compreendendo as disciplinas de História e Geografia; 3) Ciências da Natureza – CN – compreendendo as disciplinas de Ciências e Filosofia e 4) Ensaios Lógicos e Artísticos – ELA – compreendendo as disciplinas de Matemática e Artes. Por isso, as turmas fazem rodízio periódico entre as áreas a cada duas semanas e o planejamento é feito semanalmente.

Iniciamos o ano de 2011, elegendo dois temas geradores: Trabalho, para o primeiro semestre e Cultura, para o segundo. No início do segundo semestre, nos reunimos para elegermos os conteúdos a serem trabalhados e todos os membros da comunidade escolar participaram do processo de sugestão, análise e seleção desses conteúdos, formando assim, o mapa conceitual geral do Centro e os mapas conceituais de cada área de conhecimento.

Em Linguagens e Códigos, decidimos trabalhar atividades de leitura e escrita, variações lingüísticas e identidade do povo brasileiro.

A data prevista para a aplicação das atividades do planejamento foram duas semanas do mês de outubro de 2011.

O público-alvo foi: educandos (as) jovens e adultos pertencentes a turma de Módulo III, deste Centro Educacional.

Objetivo Geral: Conhecer, reconhecer e compreender a formação da identidade cultural do povo brasileiro e pessoal.

Objetivo Específico: Localizar, interpretar e refletir sobre informações implícitas e explícitas; desenvolver a leitura; produzir textos com organização textual e sequência lógica de ideias; ampliar e fazer uso do vocabulário da Língua Estrangeira Moderna (Inglês) e da Língua Portuguesa; reconstruir a forma adequada dos registros da escrita, a partir de desvios ortográficos apresentados nas produções textuais.

A metodologia utilizada no CIEJA CL é a investigativa, a qual valoriza o conhecimento do educando; motiva-o a expressar suas hipóteses; pesquisar, selecionar, analisar, associar, relacionar, investigar e refletir sobre dados e informações; comparar e confrontar as descobertas com as hipóteses levantadas, confirmando-as ou não, auxiliando o reconhecimento do educando como sujeito da construção de seu conhecimento e (co) autor do conhecimento coletivo.

As atividades são apresentadas em uma sequencia didática, tornando os assuntos abordados significativos e parte do cotidiano. Distribuímo-las em 09 dias (equivalente a 25 horas-aula).

1º Dia
Iniciamos o encontro com duas atividades permanentes, isto é, que são realizadas diariamente, com o objetivo de estimular a leitura, motivar a aprendizagem ou breve reflexão, sendo a primeira chamada de Frase do dia e a segunda, leitura do Diario de bordo (registro diário das atividades desenvolvidas ao longo dos encontros, anotações sobre avanços ou dificuldades encontradas, registros das discussões, opiniões e pontos de vista que colaboraram no desenvolvimento da aprendizagem do educando).

Na frase do dia, incorporamos algumas palavras em língua inglesa para que os educandos possam se familiarizar, ampliar e fazer uso do vocabulário de Língua Estrangeira Moderna, além de quebrar certa resistência existente na aprendizagem no público adulto em relação às línguas estrangeiras, apesar de fazerem uso cotidiano, principalmente, da língua inglesa, mesmo que de forma inconsciente.

A frase escolhida foi: “Sejamos como a spring que renasce cada day mais beautiful… Exatamente because never são the mesmas flowers.”, de Clarice Lispector. Os professores verificaram quais palavras, em inglês, eram conhecidas pelos educandos e, por comparação com escrita em língua portuguesa traduziram as palavras day e flowers. À medida que os professores mediavam, questionando e contextualizando as palavras, os educandos compreendiam e traduziam as palavras restantes. Depois de breve discussão, concluíram que cada dia que nasce é um dia novo, nova vida, novas expectativas e devemos renovar nossas perspectivas em relação à vida e seus desafios. Nessa atividade, percebemos certa mudança, mesmo que provisória, em relação às perspectivas para a superação das dificuldades vividas por alguns educandos.

Depois, na segunda atividade do dia, a leitura dos registros dos diários de bordo ressaltou a importância dessa atividade como registro da evolução histórica e educacional individual e coletiva dos educandos.

Começamos a nossa sequência didática com uma atividade de sensibilização, a qual chamamos de “Para descobrir”, que visa despertar o educando para o assunto a ser abordado. Nessa atividade, não se questiona, não discute o objeto usado para sensibilização. Selecionamos um vídeo clip do Hino Nacional Brasileiro cantado e tocado em estilos e ritmos diferentes, além de aparecerem imagens de acordo com o ritmo regional apresentado no momento.

Alguns educandos ficaram surpresos ao verem e ouvirem o hino nacional de maneira diferente, outros tiveram a impressão de desrespeito em razão da educação tradicional que receberam.

Na próxima atividade, denominada “Hora de falar”, cujo objetivo foi fazer com que os educandos expressassem seus conhecimentos prévios sobre a palavra “Identidade”, eles sugeriram: informações, cédula de identidade RG; certidão de nascimento; características de um povo; origem; digitais; identificação; descendência; cultura, entre outras. Diante da diversidade de possibilidades alguns educandos quiseram defender suas ideias, porém esclarecem os a importância de considerarmos todas as hipóteses como válidas até que se provasse o contrário e, para provar seria necessário aprofundarmos o conhecimento através da investigação e construção do conhecimento.

Fomos para a etapa denominada “Situação-problema”, onde o educando é motivado e convidado a pensar em como solucionar um problema dentro de uma situação do cotidiano. Os educandos deveriam se colocar na situação de um estudante chinês que veio estudar no Brasil, porém seus pais solicitaram garantias de que ele estava realmente estudando. Semanalmente, o estudante envia fotos que tirava com os colegas aos seus pais. Porém, seus pais estranharam o fato de, nas fotos, aparecem pessoas de etnias variadas, ora brancos, ora negros, ora indígenas, ora orientais, entre outros. Portanto, o estudante não conseguia explicar para os pais os motivos dessas variedades étnicas apresentadas nas fotos e desconfiaram que ele estivesse viajando por diversos países.

Em “Nossas ideias”, nome dado a atividade seguinte, os educandos foram convidados a expressarem hipóteses sobre o que e como fariam, no lugar do estudante, para explicarem as dúvidas que os pais tiveram. Nessa atividade, pudemos perceber a visão muito superficial dos educandos sobre a formação, a identidade do povo brasileiro, dando-nos dicas importantes de onde e como mediar na construção da aprendizagem, pois surgiram hipóteses como: pedir um comprovante de matrícula na secretaria da escola, pedir o boletim de notas, convidar os pais para a formatura; pedir aos pais para checarem pessoalmente a veracidade das informações, vindo ao Brasil; tirar fotos com os professores da escola; mas alguns foram mais específicos apontando a formação do povo brasileiro, a diversidade cultural construída a partir dos índios, portugueses e africanos, entre outros. Mais uma vez, ressaltamos a importância de não descartarmos quaisquer hipóteses levantadas. Com alguns questionamentos procuramos tira-los da zona de conforto, onde prevalece o senso comum, causando-lhes certa inquietação em busca das respostas que considerassem corretas. Nesse momento foi muito importante observar como os professores podem e devem dispertar a curiosidade da busca pelo desenvolvimento do conhecimento.

Continuando nessa sequência, passamos a atividade seguinte, denominada “Procurando respostas”, a qual o educando investiga, pesquisa, discute e reflete sobre o assunto em busca de informações mais precisas e aprofundadas. Selecionamos o texto “Salada cultural”, de Mara Figueira e Otávio Velho, que aborda o assunto de forma clara e objetiva a formação cultural brasileira denominada “Salada cultural” pelos autores. Iniciamos com as atividades antes da leitura, com a elaboração de hipóteses pelos educandos sobre o título e seus possíveis significados. Mostramos o portador do texto aos educandos. Os professores fizeram a leitura expressiva em voz alta. Passamos algumas questões de localização, interpretação e reflexão sobre informações implícitas e explícitas. Solicitamos que os educandos respondessem individualmente. Logo após, pedimos que cada grupo-mesa discutisse as respostas e as reformulasse ou as complementasse. No final, cada grupo-mesa socializou as respostas construídas com os demais grupos. Nessa atividade, muitos educandos já começaram a relacionar as respostas com as hipóteses levantadas na situação-problema. Algumas hipóteses já começaram a ser descartadas em razão de uma possível inveracidade.

2º Dia
Frase do dia: “É easy Love os que estão longe. Mas nem always é easy Love os que live ao our lado.”. Os educandos apontaram quais palavras conheciam e com a mediação e contextualização traduziram as demais palavras em inglês. Após breve discussão, concluíram que a distancia faz com que as pessoas visualizem menos os “defeitos” dos outros, enquanto que a proximidade faz com que o olhar se torne mais crítico e exigente. Isso nos fez pensar como deve ser importante investirmos nas relações interpessoais nas escolas, pois auxilia-nos no desenvolvimento do processo de aprendizagem mais eficaz.

Na leitura dos diários de bordo, os educandos expressaram como se sentiram desequilibrados ao saírem do que já denominamos como área de conforto, porém ao mesmo tempo em que desequilibra, estimula a curiosidade de buscar respostas.

Continuando as atividades da seção “Procurando respostas”, desenvolvemos mais questões sobre a formação e identidade do povo brasileiro e pessoal. Logo, tinham que refletir sobre a descendência, hábitos e costumes de seus antepassados que ainda são cultivados e os que já não mais existem. Terminamos o questionamento com a pergunta por que o Brasil é um ótimo representante de uma salada cultural? Essa pergunta serviu como ponto de partida para retomarmos, novamente, as hipóteses levantadas na situação-problema e pudemos perceber que as discussões e reflexões realizadas já colaboraram na construção parcial sobre a formação e identidade do povo brasileiro.

Para finalizarmos as atividades do dia solicitamos-lhes que produzissem um texto escrevendo sobre seus antepassados. O que nos serviu para constatação do desenvolvimento da aprendizagem.

3º Dia
Lemos a frase do dia “Diga-me and I vou me esquecer. Mostre-me and I posso me remember. Envolva-me and I vou understand.”, provérbio indígena. Os educandos, após breve discussão, concluíram que só podemos compreender a partir do momento que experimentarmos, envolvermos. Logo nós, educadores, percebemos que o sucesso para a aprendizagem é o envolvimento do educando na participação das atividades propostas.

Lemos diários de bordos dos educandos e esclarecemos algumas dúvidas ali apresentadas, além da orientação de como registrar as atividades extraclasses.

Continuando, ainda, as atividades do “Procurando respostas”, ouvimos a música “País tropical” de Jorge Ben Jor, com algumas palavras em inglês, fortalecendo a idéia de como a língua inglesa está presente em nosso cotidiano. Fizemos o levantamento do vocabulário conhecido, ampliamos o vocabulário e seu uso social.

Em seguida, distribuímos várias revistas em cada mesa e pedimos aos grupos que, com recortes e colagem, produzissem cartazes que representassem o Brasil e seu povo e, até mesmo, a própria pessoa. Essa atividade foi muito importante na medida em que concretizou as discussões e reflexões realizadas no decorrer dos encontros anteriores, pela terceira vez, retomaram a situação-problema e, a grande maioria já demonstrava que a resposta do estudante chinês deveria se fundamentar na explicação de que o povo brasileiro foi formado a partir da miscigenação, logo, cada um contribui na transformação, influência de umas sobre as outras, gerando essa diversidade cultural e étnica, fato este não ocorrido da mesma maneira no país de origem de seus pais. Formamos um grande painel e o fixamos na sala, refletimos e encerramos as atividades do dia.

4º Dia
Iniciamos com a leitura da frase: “Um happy man is como um boat que navega com um wind favorável.”, provérbio chinês. Os educandos leram e, sem muitas dificuldades, concluíram que boas energias atraem coisas positivas. Lembramos que as energias ditas por eles poderiam ser traduzidas como construção de oportunidades através do conhecimento. Logo, deram exemplos, de oportunidades que tiveram a partir do momento que começaram a estudar, promoção no trabalho, mais respeito pelos familiares e amigos em geral, aumento da autoestima, entre outros.

Fizemos a leitura dos diários de bordo dos educandos, ressaltamos como é perceptível a melhora na organização dos textos e sequência lógica de ideias e que a produção do diário só traz benefícios nesse processo e os educandos concordaram.
Para trabalharmos adjetivos em inglês, passamos o vídeo “Funny Faces”, da coleção Magic English. Lemos, mas no começo encontramos muita resistência em relação ao medo de errar, que, com o tempo foi diminuindo e a participação aumentou significativamente. Isso é retrato do medo de errar e serem punidos ou excluídos como ocorrido no passado com a maioria dos educandos. Então, para não serem expostos e punidos preferem se calar. Nessa situação, o professor não pode deixar de acreditar e agir para que todos se envolvam nas atividades.

O professor foi o escriba da turma e foi copiando os adjetivos em inglês na lousa. Entregamos mais uma lista complementar de adjetivos em inglês e suas respectivas traduções. Depois, passamos várias figuras e, curiosamente, relacionaram as características das pessoas presentes na sala às das figuras apresentadas, concluindo que as características os aproximavam de uma ou no máximo duas etnias. Perceberam, também, algumas características da transculturação, que os autores do texto “Salada cultural” definem as trocas e incorporações de hábitos e costumes de grupo étnicos diversos que entram em contato uns com os outros.

5º Dia
Nesse dia, desenvolvemos uma oficina que tinha como objetivo complementar os estudos realizados, até então, sobre a formação e identidade do povo brasileiro. O Tempo de duração de aula diária também é reduzido nas oficinas.
Lemos a frase do dia “The nossa maior glory não reside no fato de never cairmos, but yes em levantarmos always depois de cada queda.”, de Confúcio. Algumas das palavras os educandos já conheciam, o que facilitou o entendimento. E, com a dedução, através da contextualização, concluíram que o grande problema não é cairmos, mas estarmos preparados para levantarmos mais fortes e não nos deixarmos abater pela queda. Uma das educandas lembrou o desejo de seu marido parar de estudar e voltar para sua terra natal, a Paraíba. Abriu-se uma discussão sobre a importância de investir no conhecimento para lidar melhor com a realidade.

Lemos o diário de bordo e, em seguida, ouvimos a “Meu Brasil” como sensibilização.

Depois, fizemos atividades de pré-leitura, colhendo hipóteses sobre o título e seus significados. Lemos em voz alta o texto “Cem razões para amar o Brasil”, de autoria desconhecida. Abrimos uma breve discussão sobre a compreensão do texto e os educandos afirmaram como se identificaram à medida que o texto era lido. Além disso, o texto os remetia à questão da identidade do povo brasileiro.

Solicitamos que listassem o que mais gostavam do Brasil, e as respostas apresentadas mostraram grande semelhanças, reforçando, assim a identidade do povo brasileiro.

Para finalizarmos o encontro, orientamos os educandos para que fizessem um texto, cujo tema era: “Ser brasileiro”. Não foi possível a socialização das produções em razão do atraso do início da oficina devido ao trânsito que os educandos enfrentaram para chegarem ao CIEJA, ficando a entrega do texto para os próximos encontros.

Observações
Os objetivos para a segunda semana foram:

  • Ampliar e fazer uso social do vocabulário de inglês e português;
  • Refletir, revisar e reescrever palavras e expressões que apresentaram desvios ortográficos nos textos produzidos;
  • Verificar a aprendizagem dos assuntos abordados;
  • Produzir texto e refletir sobre a organização textual e seqüência lógica de ideias respeitando as convenções da escrita.

6º Dia
Lemos a frase do dia “The world tornou-se dangerous, because the men aprenderam a dominar the nature antes de dominarem a si mesmos”. (Albert Schweitzer). Os educandos, após breve contextualização e discussão, concluíram que a maior transformação que o homem pode realizar e a interna, só assim, poderá transformar as questões externas.

Depois da leitura dos diários de bordo dos educandos, vimos o vídeo clip da música “Aquarela brasileira”, de Martinho da Vila. Entregamos a letra da música com algumas palavras em inglês. O professor foi o escriba da turma registrou na lousa as palavras apresentadas na música.

Continuamos com um ditado participativo, onde os educadores selecionaram palavras de textos estudados e de textos produzidos pelos próprios educandos. Os educandos sugeriam como escrever e eles mesmos iam reconstruindo a escrita a partir da mediação dos professores com o uso do data show. Com essa atividade, vimos, analisamos, discutimos e refletimos sobre diversos desvios ortográficos apresentados pelos educandos nos textos produzidos anteriormente. Muitas dúvidas foram esclarecidas em relação ao uso das letras, posicionamento ou supressão das mesmas. Sugerimos, ao final do encontro que eles observassem mais, por onde passam, as palavras e frases expostas, fazendo exercício mental diário. Além disso, pedimos que trouxessem as dúvidas que surgissem para serem esclarecidas.

7º e 8º Dias

Nesses dois dias fizemos a verificação de aprendizagem, através de uma avaliação síntese, para avaliarmos o que e como aprenderam, as dificuldades ainda existentes, os avanços realizados, o planejamento de novas ações para sanar as dificuldades existentes e ampliação do conhecimento adquirido.

9º Dia

No nono e último dia, fizemos as atividades permanentes de leitura da frase do dia e do diário de bordo. Depois Passamos para a última etapa da sequência denominada “Minhas descobertas”, a qual os educandos registram o que realmente aprenderam sobre os conceitos trabalhados. Fazem uma autoavaliação de todo o processo de aprendizagem. Dados estes importantes para a reorganização de nossos planejamentos e mediações futuras.

Leia também:

  • A Didática Solidária na Educação de Jovens e Adultos – Monografia relacionada
  • Relato 2 – (Re)conhecer os princípios básicos da economia solidária possíveis de serem incorporados ao dia a dia