Atividade de formação continuada de educadores das classes de alfabetização da EJA – 09/09/2011

Os sonhos devem ser ditos para começar a se realizarem. E como todo projeto, precisam de uma estratégia para serem alcançados. O adiamento destes sonhos desaparecerá com o primeiro movimento. (Paulo Freire)

Objetivos da Prática Pedagógica:

  • Dar continuidade sobre a discussão Educação Popular e os princípios da ECOSOL
  • Realizar uma experiência solidária: Feira de troca Livros

Conteúdos:

  • Leitura do Texto: As bases do pensamento de Paulo Freire;
  • Diálogo sobre o texto.
  • Os princípios da ECOSOL e os princípios da Ed. Popular – O que tem  em comum?
  • Organização da ação de troca livros

Característica dos Grupo a quem foi aplicada a prática:
Atividade realizada com um grupo de 40 educadores populares que desenvolvem solidariamente o papel de alfabetizadores e tem compromisso político/pedagógico para desenvolverem ações educativas que e visam à superação do analfabetismo na cidade.

Os núcleos de aula estão localizados em lugares da periferia de São Bernardo, em sociedades amigos de bairro, igrejas, clube de mães, canteiro de obras de trabalhadores da construção civil, albergues e residências solidárias como as do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS.

Dinâmica de trabalho adotada na prática pedagógica:
A dinâmica de trabalho é pautada pelo princípio dialógico
Trabalhamos a alfabetização partindo do paradigma da realidade local, levando em consideração as características culturais, que são utilizadas como ferramentas do processo ensino-aprendizagem.

Recursos necessários para a aplicação:
Papel craft, canetão, fita crepe datashow, computador, xerox de texto de embasamento teórico;

Breve currículo do autor da prática pedagógica:
Estela Fidelis Rodrigues – Educadora desde 1989 atuando em salas da educação infantil e ensino fundamental, Ensino médio e Educação de jovens e adultos. Formada História e Pedagogia, com especialização em Supervisão Escolar, desde 2003 atua na coordenação pedagógica trabalhando na formação continuada de educadores, sendo que na EJA coordena educadores alfabetizadores desde 2007 na Secretaria de educação de São Bernardo do Campo – SP.

 

Neste encontro retomamos os pontos tratados na última formação sobre Economia Solidária e Educação Popular, onde nos referimos mais uma vez ao texto de Vera Barreto Paulo Freire para educadores, tratando das bases do pensamento de Paulo Freire.

Feita a leitura do texto, nos atentamos ao fato que freire tanto enfatiza o homem é um ser de relação, sendo assim perguntei ao grupo onde e como o homem se relaciona?

As frases que vieram a seguir foram: na família, na sociedade, no trabalho, no comércio, enfim somos seres sociais!

Perguntei o que predomimam nestas relações e o grupo expôs, afeto, amor, dinheiro, lucro e competição.

Sendo assim retomei com o grupo que a Economia Solidária é uma forma de produção não capitalista onde seus participantes, nas atividades econômicas, cooperam entre si ao invés de competir, predominando assim a igualdade entre seus membros. As iniciativas de Economia Solidária têm em comum a igualdade de direitos, de responsabilidades e oportunidades.

Continuei a questionar o grupo e subdivididos em grupos menores lancei a questão: Os princípios da ECOSOL e os princípios da Ed. Popular. O que tem em comum?

Vieram as respostas: dialogicidade, participação democrática, respeito e valorização das pessoas envolvidas. Uma educadora ressaltou que no capitalismo existem consumidores e que na Economia Solidária existem consumidores conscientes – “prossumidores”!

Ressaltei com elas que onde o ser o ser humano é sujeito e finalidade da atividade econômica, vivendo num ambiente sustentável e numa sociedade justa, há consumidores conscientes. E que a mudança deste paradigma é pela educação. Sendo asssim, o educador popular aquele que dá à Educação o caráter político, social e cultural de que dela se reveste e fazendo de seu trabalho um processo de militância e comprometimento, não com o sistema dominante, nem com os grupos hegemônicos dominantes, mas com a prática da democracia substantiva e radical. Este educador faz com que o grupo de educandos (onde ele também é integrante) crie o seu próprio ritmo de apropriação do conhecimento e construa sua pedagogia.

Após este debate fizemos o Planejamento da vivência de uma feira de troca livros solidária, que terá no 3 º HAJA EJA  um stand para troca e diálogo com a população sobre Economia Solidária.