Cordel e Economia Solidária

Ficha Síntese da Prática Pedagógica

Objetivos da Prática Pedagógica:

  • Conhecer a história da Literatura de Cordel e região em que há mais ocorre esse movimento;
  • Ler e escrever poesias de cordel;
  • Desenvolver habilidade de escrita, neste caso a poesia se preocupando neste momento com rimas e estrutura textual;
  • Revisar suas produções em duplas e com auxilio da professora;

Características do grupo a quem foi aplicada a prática:
Alunos da Eja, idade entre 20 a 70 anos que vivem proximos a escola situada no Jardim Ipê, na cidade de São Bernardo do Campo, São Paulo.

Dinâmica de trabalho adotada na prática pedagógica:
Em duplas alunos irão escrever alguns versos de cordel. Os temas são variados mas a ênfase será sobre a mulher, um amigo ou sua história de vida;
Professora faz as intervenções necessárias para as duplas, se preocupando com a estrutura e rimas. Espaço para esta atividade: a própria sala de aula ou biblioteca;
Foram utilizadas para esta atividade três aulas.

Recursos necessários para aplicação:
Folhas com pauta, lápis, livros e livretos de cordel ja cortadas no tamanho 14×14. Ou há folhas próprias para dobraduras compradas já no tamanho correto a ser utilizado.

Breve currículo do autor da prática pedagógica:
Sandra Cristina Silvestre – Professora de Ensino Fundamental I, exercendo o cargo há 11 anos no municipio de São Bernardo. A maior parte trabalhando com crianças de ensino fundamental do 1 º ao 5 º anos e há três na EJA. Formada em Pedagogia, também com especialização em Educação Especial Inclusiva. Experiencia como Coordenadora Pedagógica em outra Instituição Governamental.

DESENVOLVIMENTO

Para iniciar a literatura de cordel, irei relatar aqui os recursos e estratégias utilizadas para que chegássemos a produção e revisão das poesias.
Para que conhecessem e pudessem desenvolver esta tarefa de produção textual, levei para a sala de aula textos e vídeos informativos sobre o cordel e as xilogravuras, fizeram também várias leituras de cordéis, empréstimos de livretos para desenvolverem e conhecer esta literatura.

Em sala de aula levantamos temas e assuntos abordados nos cordéis, a vida de alguns escritores e artistas e o conhecimento do nordeste quanto à arte existente nesta região. Assim, após algumas aulas, pudemos partir para a produção.

Em nossa escola, temos uma aluna de outra sala que escreve cordéis, e ela foi convidada a participar de uma aula para trazer os cordéis produzidos por ela. Ela fez a leitura de alguns para que os alunos perdessem a insegurança que estavam demonstrando para suas próprias produções, e assim percebessem que era possível essa escrita.

Foi muito interessante essa integração, a Leandra, aluna que trouxe seus cordéis, participou de alguns momentos de nossas aulas e até escreveu um cordel para um dos meus alunos, que ao ler a poesia pronta, se emocionou, pois se tratava de um poema que dizia um pouco sobre como ele é, foi muito comovente este momento.

Numa outra aula, sugeri que em duplas, escrevessem um cordel, e que o tema poderia ser qualquer um, poderia ser sobre eles, engraçado, algo que havia acontecido com eles, ou mesmo algo inventado, críticas, etc. Li novamente trechos de alguns cordéis e ressaltei sobre as estrofes, versos e rimas (já havíamos trabalhado sobre este tema anteriormente).

Iniciaram o trabalho e a todo tempo solicitaram minha ajuda. Alguns tiveram muitas dificuldades, pois ainda apresentam muitos problemas com a escrita, questões com a ortografia e leitura ainda não fluente. Então precisei acompanhar mais de perto este processo. Esta atividade precisou ser concluída em outra aula. E combinei com eles se já numa outra aula poderíamos digitar os cordéis na informática, mesmo que ainda sem a revisão e sugeri que podíamos corrigir diretamente no computador, assim eles podiam aprender a utilizar algumas ferramentas da própria máquina para esta revisão. Eles gostaram e concordaram com a idéia.